Chesterton foi um dos maiores apologetas cristãos do século XX. Para C.S. Lewis (que muitos consideram o maior), não há maior obra de defesa do cristianismo do que O Homem Eterno. Sua obra-prima, Ortodoxia, é essencialmente uma defesa do cristianismo. Sua defesa do cristianismo era apaixonada, porque para Chesterton, era caso de vida ou morte. Como escreve em The Roots of the World (a ser publicada em O Essencial de Chesterton):
“Os céticos não conseguem arrancar as raízes do cristianismo, porém, sim, conseguem arrancar as raízes das parreiras e figueiras de todos os homens, do jardim de todos os homens e dos cercados de todos os homens. Os laicista não têm conseguido destruir as coisas divinas, porém, têm conseguido destruir as coisas humanas”.
A conversão de Chesterton, como ele narra em parte em Ortodoxia, foi um caminho em busca de “criar uma nova heresia”. Ele compara com um explorador que sai em busca de terras desconhecidas, mas no final retorna à Inglaterra. Ele descobriu que o cristianismo defendia e abarcava tudo aquilo que ele amava.
Por isso, vivendo em uma época de profundo ceticismo, foi o defensor apaixonado da velha verdade cristã. No início do século XX, pululavam ideologias e modas filosóficas que trariam grandes consequências para aquele século. Se elas seduziam a muitos jovens como uma novidade, Chesterton via nelas, claramente, as velharias de sempre. As velhas e derrotadas heresias:
“Cair em qualquer um dos modismos, do agnosticismo à Ciência Cristã, teria de fato sido óbvio e sem graça. Mas evitá-los a todos tem sido uma estonteante aventura; e na minha visão a carruagem celestial voa esfuziante atravessando as épocas. Enquanto as monótonas heresias estão esparramadas e prostradas, a furiosa verdade cambaleia, mas segue de pé”.
Essa excitante visão – da carruagem celestial – reapresentou o cristianismo para todo uma geração de escritores e intelectuais. A escritora britânica Dorothy Sayers disse uma vez: “No livro chamado Ortodoxia há vislumbres deste outro cristianismo – belo, aventureiro e singularmente pleno de honra”.
O escritor Gustavo Corção faria coro a ela:
“Chesterton trouxe-me uma libertação, uma recuperação da infância, encheu-me da confiança que mais tarde, pela misericórdia de Deus, seria vestida de Esperança (…) com ele brinquei as horas mais felizes de meus quarenta anos, quando aparentemente, pela força dos acontecimentos, eu deveria estar acabrunhado de tristeza. Ninguém conhecia meu júbilo, nem suspeitava a felicidade nova que eu escondia com medo e avareza. E muitas vezes entrava pela noite adentro, lendo até não poder mais, e amanhecia abraçado ao livro”.
O livro era Ortodoxia.
Se a fé não cabia nos estreitos horizontes dos racionalistas, tanto melhor. Chesterton não quis conformar o cristianismo às modas da época, colocando nele uma fantasia. Quis apresentá-lo como era. Como algo fantástico, exótico, maior que o mundo:
“Não é possível demonstrar que, no fim das contas, uma religião é monstruosa: uma religião é monstruosa desde o principio. Anuncia-se como algo extraordinário. É oferecida como algo extravagante. Os céticos, além disso, podem nos pedir que rechacemos nosso credo como algo estranho. E o temos aceitado justamente assim, como algo estranho”.
Esse trabalho marcou uma geração. C.S. Lewis, Ronald Knox, Maurice Baring, Gustavo Corção e Dorothy Sayer são apenas alguns exemplos.
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