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UM AMIGO DE CHESTERTON EM BREVE SERÁ BEATIFICADO

O Vaticano aprovou a beatificação de Dom Fulton Sheen.

Leia mais: https://thecatholicpost.com/2019/11/18/venerable-servant-of-god-fulton-j-sheen-will-be-beatified-in-peoria-on-dec-21/

Você sabia que Dom Fulton Sheen e Chesterton se conheciam? Na verdade, a coisa ia muito além de um mero reconhecimento de que ambos eram do mesmo ramo, isto é, intelectuais e escritores católicos. Eles eram amigos e admiradores dos escritos um do outro.

A coisa começou assim: Fulton Sheen, sendo 21 anos mais jovem que Chesterton, tinha em alta conta os escritos deste. Quando da finalização do seu doutorado, Fulton Sheen visitou Chesterton em Londres, e solicitou a Chesterton que escrevesse um prefácio ao livro em que publicaria sua tese de doutorado. Chesterton, com a humildade que o caracterizava, respondeu que pouco sabia sobre filosofia (a tese era sobre Deus e a inteligência). 

Fulton Sheen então retorquiu: “Mas, Sr. Chesterton, o seu livro Ortodoxia é uma das obras de filosofia mais importantes do nosso tempo!” Chesterton, por fim, concordou dizendo que os católicos devem defender-se uns aos outros.

Quem quiser ler essa introdução, está aqui:

http://www.sociedadechestertonbrasil.org/introducao-de-gk-chesterton-ao-livro-deus-e-a-inteligencia-na-filosofia-moderna-de-fulton-sheen/

Famoso por seus escritos e por seus programas de rádio e televisão, em sua autobiografia, A Treasure in Clay, Fulton Sheen afirma: “Minha maior influência na escrita foi G. K. Chesterton, que nunca empregou uma palavra inútil.”

E, de fato, quem quer que observe o estilo dos dois não deixará de notar as semelhanças. Os dois eram mestres da frase cheia de energia, que condensa profundas verdades em poucas e pungentes palavras. Mas a semelhança desbordava para os temas e para a visão de mundo também, não sendo algo somente estilístico.

Ambos trataram do tema das ideologias modernas e tentaram resgatar nos homens o frescor do Senso Comum, que nada mais é do que o Evangelho que emerge em meio à vida cotidiana. Ambos assinalaram problemas tanto no socialismo quanto no capitalismo, enquanto estivessem amputados do verdadeiro tronco que dá vida às sociedades, que é a doutrina social da Igreja e sua ação pastoral no mundo. Tomados em si mesmos, esses dois sistemas econômicos tornam-se ideologias, dentre tantas outras, como o eugenismo, cuja ação no mundo só poderá ser deletéria.

Para finalizar este breve texto, ainda enfatizando a profunda irmandade espiritual e de almas entre Sheen e Chesterton, deixamos um texto de cada um sobre o mesmo assunto. O leitor não deixará de notar as semelhanças:

“Se o homem não possuísse nenhuma coisa da qual se pudesse tornar responsável, não seria livre nem dentro, nem fora de si. Deem-lhe, porém, alguma coisa a que possa afeiçoar, como a sua própria imagem e semelhança, assim como Deus o criou à Sua imagem e semelhança, e o homem será economicamente livre. Tal coisa é a propriedade privada.” Dom Fulton Sheen

“A propriedade é tão somente a arte da democracia. Significa que todo homem deveria ter algo para moldar a sua própria imagem, assim como ele foi moldado à imagem do Céu. Contudo, como ele não é Deus, mas apenas uma imagem esculpida d’Ele, sua expressão pessoal deve dar-se dentro de certos limites. A rigor, dentro de limites severos e até mesmo estreitos.” G. K. Chesterton

Que o futuro beato Fulton Sheen interceda por nós!

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