Por G.K. Chesterton,
Capítulo 2 do livro The Outline of Sanity (1927)
Tradução: Fábio Vieira Junges
Antes que eu vá além nesse esboço, eu acho que devo pausar em um parêntese que toca a natureza da minha tarefa, sem o qual todo o resto dela será incompreendido. Na realidade, sem pretender nenhuma experiência oficial ou comercial, estou aqui fazendo um grande negócio, maior do que qualquer um que tem sido pedido por maioria dos homens das letras (se eu posso me chamar por um momento um homem das letras) quando eles com confiança conduziram movimentos sociais ou estabeleceram ideais sociais. Prometo que, no fim dessas notas, o leitor deverá estar sabendo muito mais sobre como homens podem se definir acerca de como fazer um Estado Distributivo do que os leitores do Carlyle1 já souberam e como eles deveriam saber definir sobre um Rei Herói ou um Superior Real. Acho que podemos explicar como fazer uma pequena loja ou uma pequena fazenda, um traço comum de nossa sociedade, melhor do que Matthew Arnold (2) explicou como fazer o Estado um órgão no Nosso Melhor de Si mesmo. Acho que a fazenda será marcada melhor e mais claramente em algum tipo de mapa rude do que um Paraíso Terreno na carta de navegação de William Morris (3); e eu penso que em comparação com suas “Notícias de Lugar Nenhum” essas poderia ser chamada Notícias de Algum Lugar. Rousseau (4) e Ruskin(5) foram frequentemente muito mais vagos e visionários que eu sou; embora Rousseau fosse muito mais rígido nas abstrações, e Ruskin às vezes muito mais excitado por detalhes particulares. Não preciso dizer que não estou me comparando a esses grandes homens; estou apenas apontando que mesmo esses, cujas mentes dominaram tão largamente um campo, e cujas posições como publicadores foram muito mais respeitadas e confiadas, na realidade, nada fora lhes perguntado além dos princípios gerais de que estamos sendo acusados de apenas dar. Estou meramente apontando que a tarefa recaiu para um poeta muito menor enquanto esses profetas maiores não foram requeridos para encarregar-se e completar o cumprimento de suas próprias profecias. Isso seria visto como se nossos pais não pensaram que é tão fútil ter uma visão clara da meta com ou sem um mapa detalhado da estrada; ou ser capaz de descrever um escândalo sem ir para a descrição de um substituto a ele. De qualquer maneira, por qualquer razão, é bastante certo que se eu fosse grande o suficiente para merecer as censuras dos utilitaristas, se eu realmente fosse tão meramente idealístico ou imaginativo como eles me julgam, se eu realmente me confinasse a mim mesmo descrevendo uma direção sem exatamente mensurar o tamanho da estrada e apontar em direção ao lar ou ao céu e dizer ao homem como usar seu bom senso para chegar lá e se isso fosse realmente tudo o que eu pudesse fazer, isso seria tudo o que dos homens incomensuravelmente maiores do que eu fosse esperado fazer; de Platão a Isaías de Emerson (6) a Tolstoy (7).
Porém isso não é tudo o que posso fazer; apesar desses que não fizeram tanto ou fizeram muito mais. Eu posso fazer algo mais tão como; mas só posso fazer isso se for bem entendido o que estou fazendo. Ao mesmo tempo estou muito bem a par que, em explicar a melhoria de uma sociedade tão elaborada, um homem deve normalmente achar muito difícil explicar o que ele está fazendo, até que isso esteja feito. Tenho considerado e rejeitado meia dúzia de maneiras de aproximação do problema, por diferentes estradas todas levaram a mesma verdade. Tenho pensado em começar com o exemplo do camponês simples; e então eu soube que uma centena de correspondentes saltaria em cima de mim, me acusando de tentar transformar todos eles em camponeses. Pensei em começar com a descrição de um Estado Distributivo como é em si, com todo o seu equilíbrio de diferentes coisas; assim como os socialistas descrevem sua Utopia como ela é, com sua concentração em uma coisa. Então soube que uma centena de correspondentes me chamaria de Utópico; e diriam que era óbvio que meu esquema não funcionaria, porque eu só poderia descrevê-lo quando estivesse funcionando. Mas o que eles realmente queriam dizer por Utópico, seria isso: que até que o esquema estivesse funcionando, havia nenhum trabalho a ser feito. Finalmente decidi a aproximação correta da solução social desta maneira: apontar primeiro que o momento monopolista não é irresistível; que mesmo aqui e agora muito pode ser feito para modificá-lo, muito por ninguém, quase tudo por todos. Então eu manteria que na remoção da pressão plutocrática particular, o apetite e apreciação da propriedade natural reviveriam, como qualquer outra coisa natural. Então, eu diria, valeria a pena propor as pessoas assim retornarem a sanidade, entretanto esporadicamente, uma sociedade sã que equilibraria propriedade e controle do maquinário. Com a descrição dessa sociedade ultima, com suas leis e limitações, eu concluiria.
Agora esse que pode ou não poder ser um bom arranjo da ordem das ideias, mas um arranjo inteligível; submeto com toda a humildade que tenho direito a arranjar minhas explicações nessa ordem, e nenhum crítico tem o direito de reclamar que eu não desfaria a ordem para responder perguntas fora de sua ordem. Desejo escrever a eles uma Enciclopédia do Distributismo se eles tiverem a paciência de lê-la; mas eles devem ter a paciência de lê-la. Não é razoável para eles reclamarem que eu não tratei adequadamente da zoologia, provisão estatal para, sob a letra B; ou descrever o status social honrável da grêmio dos xilógrafos enquanto eu ainda estou tratando alfabeticamente da grêmio dos arquitetos. Desejo ser tão chato como Euclides; mas os críticos não devem reclamar que a 48ª proposição do segundo livro não é uma parte dele. [Nota: não há uma 48ª proposição no livro II de Euclides. Isso é uma questão capciosa que daria um toco em alguém sem mesmo um treinamento básico, mas que é óbvia ao iniciado: que é o significado de, “a proposição que os ângulos na base do triangulo isósceles são iguais a cada outro”. É interessante saber que a 48ª proposição do primeiro livro é o oposto da 47º – o famoso teorema de Pitágoras.]. O grêmio dos antigos construtores de pontes terá que construir muitas pontes como tais.
Agora a partir dos comentários que vem em minha direção, eu os junto as sugestões que eu já tenho feito, mas não explicado completamente seu próprio lugar e propósito nesse esquema. Estou meramente apontando que o monopólio não é onipotente mesmo aqui e agora; e que ninguém poderia pensar que, no impulso do momento, de muitas maneiras que seu triunfo final pode ser atrasado ou talvez derrotado. Suponha um monopolista que é meu inimigo mortal declarado esforça-se para me arruinar evitando-me de vender ovos para meus vizinhos, posso dizer a ele que eu viveria dos meus nabos do meu próprio jardim da cozinha. Eu não quero dizer que me prenderia aos nabos; ou jurar que nunca tocaria minhas próprias batatas ou feijões. Quero usar os nabos como um exemplo: alguma coisa para jogar nele. Supondo que o milionário perverso em questão venha no muro do meu quintal e sorria ironicamente e diga, “Percebo sua aparência esfomeada e emagrecida que você esta necessitando imediatamente de uns poucos chelins; mas você não pode possivelmente obtê-los,” posso possivelmente ser picado em relatórios, “Sim, eu posso vender minha primeira edição de.” Não quero necessariamente dizer que vejo eu mesmo numa cova de indigente a não ser que eu possa vender; não quero dizer que tenho nada mais a sugerir alem de vendas; não quero bradar como qualquer político comum que tenho pregado todas as minhas cores a política. Quero contar ao pessimista ofensivo que não estou no fim de meus recursos; que posso vender um livro ou mesmo, se o caso crescer desesperadamente, escrever um livro. Poderia fazer muitas coisas grandes antes que venha definitivamente a ações antissociais como roubar um banco ou (ainda pior) trabalhar em um. Poderia fazer muitas coisas grandes de muitas maneiras grandes, e dou um exemplo no começo para sugerir que há muito mais delas, não que não há muito mais delas. Há muitas coisas grandes de muitas maneiras grandes em minha casa, apesar da cópia de… Não muitas delas são de grande valor, exceto para mim; mas algumas delas são de algum valor para ninguém.
Por todos os pontos de uma casa é que é uma mixórdia. E a minha, de qualquer maneira, eleva-se ao austero ideal doméstico. Pelo ponto de vista inteiro a própria casa não é somente um número de coisas totalmente diferentes, que são não obstantemente uma coisa só, mas é tal em que nós continuamos valorizando coisas que nós esquecemos. Se um homem tivesse queimado minha casa a um amontoado de cinzas, eu não estaria indignado justamente com ele por ter queimado tudo, porque eu não posso lembrar tudo que ele queimou. E assim são com os deuses da casa, tanto como é com toda a religião do lar, ou o que resta dela, oferecer resistência à disciplina destrutiva do capitalismo industrial. Em uma sociedade mais simples, eu deveria sair correndo das ruínas, pedindo ajuda a Comuna ou ao Rei, e clamando, “Ajuda! Um ladrão queimou minha casa.” Eu deveria claro, sair correndo rua abaixo dizendo clamando em respiração apaixonada, “Socorro! Um ladrão queimou minha porta da frente de carvalho com os acessórios habituais, 14 batentes de janelas, 9 cortinas, 5 carpetes e meio, 753 livros, dos quais quatro foram, 1 retrato de minha bisavó,” e assim por diante através de todos os itens; mas algo deve ser perdido do ardente e simples clamor feudal. E da mesma maneira eu poderia ter começado esse esboço com um inventário de todas as alterações que gostaria de ver nas leis, com o objetivo de estabelecer alguma justiça econômica na Inglaterra. Mas eu duvido que o leitor tenha qualquer ideia melhor do que a em que eu estou ultimamente me dirigindo; e isso não teria sido a aproximação pela qual eu proponho no presente mostrar a direção. Eu deveria ter uma ocasião mais tarde de entrar em detalhes triviais sobre essas coisas; as os casos que eu dou são meramente ilustrações da minha primeira tese geral: nós até o momento não estamos fazendo tudo o que pode ser feito para resistir ao monopólio; e que quando pessoas falam como se nada pudesse ser feito, é uma declaração falsa desde o início; e todos os tipos de respostas a ele imediatamente ocorrem à mente.
O capitalismo está quebrando; e em um sentido que nós não pretendemos estar arrependidos com a sua quebra. De fato, nós poríamos nosso próprio ponto muito corretamente dizendo que nós o ajudaríamos a quebrar; mas nós não queremos meramente que ele quebre. Mas o primeiro fato a se perceber é precisamente que; há uma escolha entre a seu rompimento ou a sua queda. É uma escolha entre isso ser voluntariamente resolvido em suas partes componentes reais, cada uma tomando de volta o que é próprio, e ele meramente entrar em colapso sobre as nossas cabeças em uma colisão ou confusão de todas as suas partes componentes, as quais umas chamamos de comunismo e alguns chamam de caos. A primeira é uma coisa que todas as pessoas sensatas deveriam tentar adquirir. A última é uma coisa que todas as pessoas sensatas deveriam evitar. É por isso que geralmente elas são classificadas juntas.
Eu tenho principalmente me confinado a responder o que eu sempre achei ser a primeira questão, “O que iremos fazer agora?” a qual eu respondo, “O que devo fazer agora é parar as outras pessoas de fazer o que estão fazendo agora.” A iniciativa é com o inimigo. Ele é quem já está fazendo coisas, e terão eles feito muito antes que possamos começar a fazer qualquer coisa, desde que ele tem o dinheiro, o maquinário, a maioria mecânica, e outras coisas que temos que primeiro ganhar e então usar. Ele tem quase completado a conquista monopolista, mas não muito; e ele pode ainda ser prejudicado e interrompido. O mundo acordou tarde demais, mas não é nossa culpa. A culpa é de todos os tolos que nos disseram por 20 anos que nunca poderia haver nenhuma confiança; e agora estão nos dizendo, igualmente sabiamente, que nunca pode haver algo mais.
Há outras coisas que peço que o leitor tenha em mente. A primeira é que esse esboço é somente um esboço, embora alguém possa duramente evitar algumas curvas e loops. Eu não professo dispor de todos os obstáculos que podem se levantar nessa questão. Vou dar um exemplo do que quero dizer. O que o leitor crítico pensaria se bem no começo desse esquema eu tivesse saído com um debate longo sobre a Lei da difamação? Ainda, se eu fosse estritamente prático, eu acharia que ela é um dos obstáculos mais práticos. Isso é a posição ridícula presente que o monopólio não resistiu como uma força, mas ainda pode ser apresentado como uma imputação legal. Você pode tentar parar um homem de monopolizar o leite, a primeira coisa que acontecerá será uma ação de difamação por chamá-lo de monopolizador. É manifestadamente mero senso comum que se a coisa não é pecado não é uma calúnia. Como as coisas estão não há punição para o homem que faça isso; mas há uma punição para o homem que descubra isso. Eu não trato aqui (embora eu esteja preparado para tratar em qualquer outro lugar) com todas essas dificuldades detalhadas com as quais uma sociedade já constituída se levantaria contra uma sociedade como a que nós queremos constituir. Se ela fosse constituída de princípios eu sugeriria, aqueles que seriam tratados naqueles princípios na medida em que surgiam. Por exemplo, poria um fim ao absurdo pelo qual homens, que são mais poderosos que imperadores, fingem serem comerciantes privados sofrendo de malicia privada; seria afirmado que aqueles homens que estão em práticas públicas devem ser criticados como potenciais inimigos públicos. Isso destruiria a absurdidade pela qual um “caso importante” é avaliado por um “júri especial”; ou, em outras palavras, que qualquer assunto sério entre rico e pobre é julgado pelo rico. Mas o leitor verá que não posso aqui regulamentar todas as dez mil coisas que nos faria viajar; devo assumir que uma pessoa pronta para assumir riscos maiores também assumiria riscos menores.
Agora esse esboço é um esboço; em outras palavras, é um desenho, e ninguém que pensa que podemos ter as coisas práticas sem desenhos teóricos pode ir e brigar com o engenheiro e arquiteto mais próximo por desenhar linhas finas em papel fino. Mas há outro e mais especial sentido em que minha sugestão é um esboço; no sentido de deliberadamente desenhá-la como uma larga limitação com muitas variedades. Eu tenho sido longamente familiarizado, e nem um pouco me divertido, com a sorte de homem prático que certamente dirá que eu generalizo porque há nenhum plano prático. A verdade é que eu generalizo porque há muitos planos práticos. Eu mesmo sei de quatro ou cinco esquemas que têm sido desenhados, mais ou menos drasticamente, para a difusão do capital. O mais curioso, de um ponto de vista capitalista, é a extensão gradual da divisão dos lucros. Uma forma rigorosamente mais democrática da mesma coisa é a administração de todo o negócio (se for um pequeno negócio) por uma grêmio ou grupo juntando suas contribuições e dividindo seus resultados. Alguns distributivistas desagradaram da ideia de trabalhadores terem apenas divisões somente onde eles trabalham; eles acham que deveria ser mais independente se esse pequeno capital fosse investido em outro lugar; mas todos eles concordam que ele deve ter capital para investir. Outros continuam a chamar si mesmos de distributivistas porque eles dariam a cada cidadão um dividendo dos sistemas nacionais de produção muito maiores. Eu deliberadamente saio de meus princípios gerais de modo a cobrir, tão possível como, esses esquemas de negócios alternativos, mas me oponho a ser dito que cubro tantos porque sei que são nada. Se disser a um homem que ele é muito luxurioso e extravagante, e que ele deve economizar em algo, eu não sou obrigado a lhe dar uma lista de suas luxúrias. O ponto é que ele estará melhor se cortar qualquer uma de suas luxúrias. E meu ponto é que a sociedade moderna seria melhor se cortasse a propriedade por qualquer um desses processos. Isso não significa que não tenho minha forma favorita; pessoalmente eu prefiro o segundo tipo de divisão dado na lista de exemplos abaixo. Mas meu negócio principal é pontuar que qualquer inversão no avanço para a concentração de propriedade será uma melhora no estado presente das coisas. Se disser a um homem que sua casa está queimando em Putney8, ele me agradeceria mesmo se eu não lhe desse uma lista de todos os veículos que vão para Putney, com os números de todos os taxis e a tabela de tempo de todos os trens. É suficiente eu saber que há muitos veículos grandes para ele escolher, antes dele ser reduzido para a aventura proverbial de ir a Putney em um porco. É o suficiente que qualquer um destes veículos são todos menos desconfortáveis que uma casa em chamas ou mesmo uma pilha de cinzas. Admito que eu seria chamado de não prático se florestas impenetráveis e enchentes destrutivas estão entre Putney e aqui; e seria então tão meramente idealístico louvar a Putney como se louva o Paraíso. Mas não admito que não sou prático porque eu sei dúzias de maneiras práticas que são mais práticas que o estado presente das coisas. Mas não se segue, de fato, que eu não sei como chegar a Putney. Aqui, por exemplo, estão um dúzia de coisas que poderiam ajudar o processo do distributismo, além destes nos quais eu teria a ocasião de tocar como pontos de princípio. Nem todos distributivistas concordaria com todos eles; mas todos concordariam que estão na direção do distributismo. (1) A tributação de contratos como tal para desencorajar a venda de pequenas propriedades aos grandes proprietários e encorajam a divisão das grandes propriedades em pequenos proprietários. (2) Algo como o lei testamentária Napoleônica e a destruição da primogenitura. (3) O estabelecimento da lei livre para os pobres, de modo que a pequena propriedade possa ser sempre defendida contra a grande. (4) A proteção deliberada de determinadas experiências em pequenas propriedades, se necessário por tarifas e mesmo tarifas locais. (5) Subsídios para manter o inicio de tais experimentos. (6) Uma liga de dedicação voluntária, e qualquer número de outras coisas do mesmo tipo. Mas eu inseri este capítulo para explicar que isso é um esquema dos primeiros princípios do Distributismo e não seus últimos detalhes, sobre os quais mesmo os distributivistas disputariam. Em tal afirmação, exemplos são dados como exemplos, e não exatamente como lista exaustiva de todos os casos cobertos pela regra. Se esse princípio elementar de exposição não for entendido, devo me contentar de ser chamado de pessoa não prática por essa sorte de homens práticos. E, de fato, em seu sentido há algo em sua acusação. Sendo ou não, eu sou um homem prático, e eu não sou o que é chamado de político prático, que significa um político profissional. Posso reivindicar nenhuma parte na glória de ter trazido nosso país a sua condição promissora e esperançosa, presente. Cabeças mais duras que a minha estabeleceram a prosperidade presente do carvão. Homens de ação, de energia mais robusta, trouxeram a nós a condição confortável de viver no nosso capital. Eu não tive parte na revolução industrial que aumentou as belezas da natureza e reconciliou as classes da sociedade; nem deve muito o leitor entusiasmado pensar em me agradecer por essa Inglaterra mais iluminada, na qual os empregados estão vivendo da esmola do Estado e o empregador de um saque a ser descoberto no Banco.
1 – Thomas Carlyle (1795-1881), foi um escritor, historiador,ensaísta e professor escocês durante a era vitoriana. Ele chamou a economia de “ciência sombria”, escreveu artigos para a Edinburgh Encyclopædia, e tornou-se um polêmico comentarista social.
2 – Matthew Arnold (1822 – 1888) foi um poeta e crítico britânico, um dos críticos literários e de costumes em que a Inglaterra Vitoriana melhor se espelha. Matthew Arnold foi um poeta prolífico e um intelectual voltado para a democratização do ensino.
3 – William Morris (1834 – 1896), foi um dos pricipais fundadores do Movimento das Artes e Ofícios britânico. Ele era pintor – de papéis de parede, tecidos padronizados e livros – além de escritor de poesia e ficção e um dos fundadores do movimento socialista na Inglaterra. Em seu romance utópico Notícias de Lugar Nenhum, todos trabalham apenas pelo prazer e objetos belamente confeccionados são dados de graça para aqueles que simplesmente os apreciam.
4 – Jean-Jacques Rousseau (também conhecido como Rousseau) (1712 – 1778) foi um importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo.
5 – John Ruskin (1819 – 1900) foi um escritor mais lembrado por seu trabalho como crítico de arte e crítico social británico. Foi também poeta e desenhista. Os ensaios de Ruskin sobre arte e arquitetura foram extremamente influentes na era Vitoriana, repercutindo até hoje.O pensamento de Ruskin vincula-se ao Romantismo, movimento literário e ideológico (final do século XVIII até meado do século XIX), e que dá ênfase a sensibilidade subjetiva e emotiva em contraponto com a razão.
6 – Ralph Waldo Emerson (1803 – 1882), foi um famoso escritor, filósofo e poeta estadunidense. O transcendentalismo é, para Emerson, um esforço de introspecção metódica para se chegar além do “eu” superficial ao “eu” profundo, o espírito universal comum a toda a espécie humana.
7 – Lev Nikolayevich Tolstoy, (1828 – 1910) foi um escritor russo. Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias contrastavam com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.
8 – Putney é um próspero distrito na porção sudoeste de Londres localizado na área do borough de Wandsworth. Fica a 8.2 km (5.1 milhas) de Charing Cross‘, na margem sul do rio Tâmisa, oposto à Fulham.